sexta-feira, 22 de maio de 2009

Maio ta finando já já (ainda bem) e nem falamos sobre acontecimentos “IMPORTANTES”.

O 31 de março passado foi comemorado, bebemorado e até fudemorado nas casernas como uma data marcante da história brasileira. E a chamada sociedade civil ficou caladinha, como se nada tivesse ocorrido.
Fosse eu o Lula Lelé, decretava feriadão, feito o da Paixão de Cristo ou o do esquartejamento de Tiradentes. No 31 de março – ou melhor, 1º de abril – de 1964, a história brasileira foi crucificada, nossa Constituição esquartejada, e um bando de gorilas se autoproclamaram centuriões da Nação e tomaram para si o destino de milhões de cidadãos e cidadãs que nunca viram seus rostos e jamais os elegeriam para dirigir suas vidas.
E ainda hoje têm o cinismo de comemorar, como se tivessem colocado o Brasil na era da modernidade e a salvo das garras do “comunismo pagão”. Quando, na realidade, a herança que deixaram foi a maior concentração de renda do planeta e, por consequência, a maior violência idem. Tudo isto às custas de prisões, tortura, morte e degredo dos nossos melhores homens (e mulheres) públicos. E muita gente boa ora se cala em troca de 30 dinheiros esmolados a título de indenização, como se a sociedade de hoje tivesse que pagar pelos desmandos que um bando de paranóicos perpetrou em nome do estado brasileiro.
Neste mês de maio que também são lembrados os 40 anos da morte do Padre Henrique. Ele foi torturado e morto covardemente a mando de figurinhas e figurões que hoje frequentam as colunas sociais e políticas dos desmemoriados jornalões, pousando de modernosos. Muitos deles reverenciando, hipocritamente, os 100 anos de dom Helder. Eles são os mesmos traíras que mataram Frei Caneca e os heróis de 1817. São os Magalhães, os CCCrauses, os Maciéis da vida(desculpa família, mas a verdade é verdade).

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