Antíoco IV, Rei dos Selêucidas (sírios que ocupavam Israel), objetivando exterminar o judaísmo, tomou e profanou o Templo Sagrado de Jerusalém, exigindo que os judeus abandonassem sua fé. Entre outras coisas, Antíoco proibiu exatamente os mandamentos da Torá que constituíam o vínculo entre D'us e o povo judeu, ou seja, se tratava de proibições estritamente relacionadas à religião. Os judeus foram proibidos de respeitar o Shabat, de praticar o rito da circuncisão e de proclamar o início do novo mês pelo calendário judaico, o Rosh Chodesh. Além disso, Antíoco forçou os judeus a se curvarem, sob pena de morte. Os que se recusaram a ceder à idolatria e a se assimilar à cultura greco-síria foram massacrados e, aos sobreviventes, foram impostas severas penas. Tais imposições provocaram a revolta do povo judeu, encabeçada por Matitiahu, patriarca do clã de sacerdotes hasmoneus, e seus cinco filhos (especialmente o seu filho Iehuda, chamado O Macabeu, devido a sua grande força. Macabi é a palavra hebraica para martelo, derivada da raiz macav). Depois de três anos de guerra em 165 a.C as tropas judaicas reconquistaram o Templo e restauraram as suas tradições. No Templo foi encontrado um único frasco de óleo puro necessário para acender a Menorah (Candelabro de ouro), quantidade que não era suficiente para mantê-la acesa por mais de uma noite. Mesmo assim, a Menorah foi acesa e, milagrosamente, esse único frasco de óleo manteve a sua chama durante as oito noites necessárias à preparação de um novo óleo purificado.Desde então, estes oito dias passaram a serem considerados dias santificados e são comemorados com louvor. Uma das formas de relembrarmos este milagre é acendendo, durante os oito dias de celebração, velas colocadas na chanukiá (candelabro especial de Chanuká). Este candelabro tem 8 braços, mais um suplementar onde se coloca o shamash (uma vela extra “servente”, colocada em uma posição destacada e diferente do candelabro, com a qual se acendem as demais). As velas são acesas diariamente, após o aparecimento da primeira estrela. Que neste Chanuká, possamos cada um de nós. Judeus e Não-Judeus ascender (palavra usada propositalmente) a Chanukiá que está em nossos corações, e chama que ali se encontra. Se pudermos penetrar nas profundezas mais reconditas, de nossas almas, e ali fazer essa chama brilhar, se pudermos fazer essa luz brilhar sobre outras pessoas, ai sim fizemos nosso trabalho humano na criação.
Chag Chanuká Sameach
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
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