quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Simulação da Sociedade

É lindo quando presenciamos a sociedade sendo “fodida” por quem a deve “servir e proteger”.

Machado de Assis já nos deixa uma grande mensagem de que “não se deve dizer mal da polícia. Ela pode não ser boa, pode não ter sagacidade, nem habilidade, nem método, nem pessoal; mas, com tudo isso, ou sem tudo isso, é instituição necessária” ( In Memórias Póstumas de Machado de Assis)

Mas então, o que dizer do abaixo, em SEU PULIÇA?

 

428944_355155551162150_100000031252832_1410943_1710753412_n

Que feio… Comendo a vaquinha. Se fazem isso com uma estátua de um animal, o que farão com você, gostosinha de carne e osso?!

 

Mas não é só isso, nossa PULIÇA tem uma inspiração em copiar a bem preparada Policia Americana. O que dizer do Abaixo, em Seu PULIÇA?

 

ftp12

ftp13

Spray de Pimenta na criança?! Uau, eu imagino o quanto ela deve representar de perigo para você, homem adulto, armado e treinado com Defesa Pessoal, bom se bem que nisso o treino de vocês é péssimo. De qualquer forma, vai que essa criança sabe Karatê ou MMA né?! Melhor prevenir um uma dose de Spray!!!

 

Mas ainda bem, que existem coisas boas na PULIÇA…

pulissa

Quando Fevereiro Chegar…

HOMENAGEM-AOS-90-ANOS-DO-BLOCO-DAS-FLORES

Pois é chegando carnaval em Recife, e é a época de entoar machinhas e se dizer “cult in fest”; ou seja, todo mundo vai seguir blocos líricos, porque é Cult; mas ninguém sabe absolutamente nada sobre e nem sobre as músicas ali entoadas.

Bem tipico de brasileiro mesmo, que (quando sabe) canta o Hino e nem sabe o que quer dizer “Lindo pendão da Esperança”.

Pra você, que se aventura nestas linhas, não fazer essa merda, vou novamente, explicar sobre algumas musicas de Carnaval, a começar, claro, por Evocação N.º 01 de Nelson Ferreira.

Quando cantamos  Evocação n° 1 de Nelson Ferreira que diz assim: Felinto, Pedro Salgado, Guilherme Fenelon, não sabemos de quem são esses nomes de grandes personagens da história do carnaval de Recife e mas ou menos onde tudo começou ; vamos entender.

Naquele hoje distante Carnaval de 1957, uma marcha-de-bloco tomou conta das ruas e salões, cantada a plenos pulmões por crianças e velhos, mulheres e homens, a relembrar sem querer velhos carnavais dos anos vinte, onde reinavam as figuras de Felinto, Pedro Salgado, Guilherme e Fenelon, quando das saídas dos blocos carnavalescos mistos das Flores..., Andaluzas ...., Pirilampos ..., Apôis Fum....


Tratava-se de Evocação, um frevo-de-bloco composto por Nelson Ferreira, que se tornara o grande sucesso da Fábrica de Discos Rozenblit ( Fundada por um tio do meu Pai, José Rezenblit) no Recife em 1952. Gravado em 1956 para o carnaval de 1957, em disco em 78 RPM nº 15142 B, matriz R 791, foi o primeiro grande sucesso daquela gravadora, produzido no Recife e cantado em todo o país. A marcha tornou-se execução obrigatória em qualquer festa carnavalesca e, mesmo nos dias atuais, é comum encontrar-se grupos de foliões entoando animadamente em uma só voz: Felinto..., Pedro Salgado, / Guilherme, Fenelon, / Cadê teus blocos famosos ?! / Blocos das Flores..., Andaluzas..., / Pirilampos..., Apôis Fum... / dos carnavais saudosos ?!..”

Declara o próprio Nelson Ferreira, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som de Pernambuco e em texto inserido no álbum duplo Rozenblit – LPP 015/16 (1968), que Evocação nº 1 fora inspirado em figuras de blocos carnavalescos do Recife dos anos 20, então desaparecidas:
Felinto de Moraes e Fenelon Moreira [de Albuquerque] eram do Apôis Fum; Pedro Salgado era presidente do Bloco das Flores; Guilherme de Araújo era a figura de proa do Andaluzas em Folia e do Pirilampos de Tejipió; o velho Raul Moraes era compositor, pianista e ensaiador do Bloco das Flores, para o qual escreveu várias marchas, inclusive a Marcha Regresso. Dela usei os versos ‘Adeus, adeus minha gente / Que já cantamos bastante’. Fiz Evocação nº 1 numa noite, de uma vez só.” NELSON FERREIRA

Dessas figuras citadas, Felinto de Moraes (Recife, 1884 - Rio de Janeiro, 1927), fundador e principal dirigente do mais famoso bloco carnavalesco de todos os tempos, o Apôis Fum, surgido na povoação da Torre em 1925. Em depoimento ao Diario de Pernambuco, de 29 de janeiro de 1980, uma antiga simpatizante, Ana Uzeda Luna, afirma que “o bloco congregava os melhores músicos, inclusive os componentes do conjunto Turunas da Mauricéia, conjunto vocal composto pelos maiores violonistas de sua época, entre eles Manuel de Lima (violonista cego), Alfredinho de Medeiros e seu primo Felinto de Moraes; o bandolinista Luperce Miranda (1904-1977) e seu irmão, Romualdo Miranda (1897-1930), eram a nota alta dos bandolins, enquanto Augusto Calheiros (1891-1956), que viria receber o apelido de Patativa do Norte, chefiava o coro”.
A orquestra de pau-e-cordas, formada por dezesseis violões, dentre eles Alfredo de Medeiros e Felinto de Moraes, bandolins dedilhados por Luperce Miranda e seus irmãos , violinos, clarinetos e outros instrumentos, era dirigida por Zuzinha, apelido pelo qual ficou conhecido o mestre-de-banda José Lourenço da Silva (1889-1952), que por muito tempo foi o regente da Banda da Polícia Militar de Pernambuco. Os ensaios eram realizados na residência do diretor Francisco Sá Leitão, localizada em frente ao atual Sesi da Torre, na Rua José Bonifácio. No repertório composições do próprio Zuzinha, Sustenta a Nota; Miguel Barkokebas, Esse bloco é meu; Luperce Miranda, Quininha e Seu Raimundo no frevo; notabilizando-se a marcha-regresso, composta por Raul Moraes, conhecida pelo título de Saudade Eternal: “Saudade, eternal! / Deixamos no Carnaval / E o Bloco Apôis Fum / Portou-se como nenhum....”.
O “Príncipe das Marchas-de-Bloco”, como ficou sendo conhecido, nasceu em 2 de fevereiro de 1891, na Rua da Soledade nº 25, no bairro recifense da Boa Vista, tendo falecido na mesma cidade, em 6 de setembro de 1937, na Rua Cais Ligeiro, subúrbio da Torre, segundo noticia recolhida pelo pesquisador Evandro Rabello no Jornal Pequeno, edição do dia 8 do mesmo mês.
Juntamente com o irmão, Edgard Moraes (1904-1974), Raul participou, além do Bloco das Flores, de outros blocos carnavalescos do Recife, tocando bandolim , segundo informa o Diário de Pernambuco de 5 de fevereiro de 1924.